28.2.14

Entre no silêncio da alma

danúbio vermelho

NO SILÊNCIO DE NOSSA ALMA


Existe um silêncio...
Uma absoluta calma interior,
Que, no espelho da alegria ou da dor,
Do movimento ou da inação,
Em nós reside,
Em todos nós está presente.

É preciso encontrarmo-nos dentro desse ponto.
É preciso sintonizarmo-nos com esse equilíbrio, profundo...
É preciso sabermo-nos identificar a imobilidade dentro de todo o movimento.

Esse silêncio, este ponto interno, está na nossa Alma.
É o silêncio que permeia o centro de nossa consciência.
E esse silêncio pode nos conduzir aos píncaros de nossas realizações, ao oceano de nosso Ser.
Pode nos orientar quanto aos nossos caminhos, pode nos direcionar em meio ao movimento frenético e caótico do mundo externo.

Nesse silêncio d’alma, encontramos carinhosamente  a nós mesmos. Ouvimos o pulsar de nosso coração que está em sintonia com o pulsar de todas as estrelas do cosmos...
Nesse silêncio, podemos orar, sentir, falar e ouvir, amar e deixar-se amar...
Nesse silêncio d’alma, sentimos nosso próximo, os animais, as plantas, o firmamento, as nuvens, o vento, a água, a terra e  o fogo de nossos intentos, o ardor de todas as paixões e o impulso da Graça,  qual gloriosa e eterna chama a avivar o Amor.

No silêncio de nossa alma encontramos DEUS, que está em nós.
Para irmos até Ele, precisamos ir ao silente momento desse ponto consciencial, que é o veículo da orientação divina que nos aponta os melhores caminhos.
No silêncio de nossa alma, quando olhamos para dentro de nós, mesmo em meio a toda a confusão cotidiana do mundo, podemos, parar...e ver a nós mesmos. E assim, redirecionar nosso leme a cada instante no infindo momento do agora, que é o único que realmente contém a substância vital, por todos os nossos caminhos.

É no silêncio que amamos, que perdoamos, que compreendemos, que iniciamos sem pestanejar, a ação correta. Que podemos, efetivamente, tocar e sentir, olhar e ver, ouvir e escutar, podendo nos assenhorear dos melhores pensamentos e sentimentos que darão qualidade às nossas atitudes, como aprendizes e mestres da Grande Escola da Vida.

Que um dia nos encaminhará para o perene paraíso de DEUS.  Porque no silêncio fomos concebidos, no silêncio d’alma devemos viver centrados no caminhar da vida, e no silêncio, retornaremos ao seio celestial, de onde proviemos. No silêncio DEUS nos fala, no silêncio falamos mais intimamente com DEUS. No silêncio de uma lágrima vertida por pura gratidão, alcançamos as alturas do CRISTO, ofertando-nos sempre a melhor solução, o CRISTO que também em nós reside e que nos fala a todo instante, valendo-se do silêncio de nosso ser que pode assim, cumprir alegremente, suavemente, o nosso destino e portanto, verdadeiramente, frutificadamente, divinamente,  viver.



Ivanildo Falcão da Gama

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